Stardust,

Posted by Annick Melo (: On 08:49



Yvaine: Lembras-te quando disse que nada sabia sobre o amor? Não era verdade. Sei bastante sobre o amor. Vi-o, ao longo dos séculos, e foi à única coisa que fez com que olhar o vosso mundo fosse tolerável. Todas as guerras. Sofrimento, mentiras, ódio... Fizeram-me querer virar as costas e não olhar para baixo nunca mais. Mas quando vejo a forma como a humanidade ama... Podemos procurar por todo o universo, que não encontraremos nada de mais belo. Sim, sei que o amor é incondicional. Mas também sei que pode ser imprevisível, inesperado, incontrolável, insuportável e estranhamente fácil de confundir com ódio, e... O que estou a tentar dizer, Tristan, é... Creio que te amo. É isto o amor? Nunca imaginei que pudesse senti-lo eu mesma. O meu coração... Sinto que o meu peito mal pode contê-lo. Como se estivesse a tentar escapar, por já não me pertencer. Pertence a ti. Se o quiseres, não desejarei nada em troca, não desejarei presentes, nem demonstrações de devoção. Nada a não ser saber que também me amas. Só o teu coração em troca do meu.

Segundas intenções,

Posted by Annick Melo (: On 08:43



Sebastian: Eu só vim te dar tchau.
Anette: Vai embora?
Sebastian: Vou.
Anette: Por quê?
Sebastian: Por sua causa!
Anette: O que eu fiz?
Sebastian: Você é hipócrita e eu não ando com hipócritas.
Anette: Por que você diz que sou hipócrita?
Sebastian: Você diz o tempo todo que vai esperar pelo amor, e aqui está ele, na sua frente e você está dando as costas pra ele. Isso faz de você uma hipócrita. Eu vou embora e você, você vai passar a vida inteira sabendo que deu as costas pro amor. Até a próxima vida!

Lilo e Stitch,

Posted by Annick Melo (: On 08:40



Stitch: Essa é a minha família
Eu achei. Sozinho. Eu achei.
É pequena e incompleta.
Mas é boa. É, é boa.

Ohana quer dizer família,
família quer dizer NUNCA mais abandonar, ou esquecer.

O povoado dos moinhos,

Posted by Annick Melo (: On 14:14


Viajante: Qual o nome deste povoado?
Ancião: Não tem. Só chamamos de “O Povoado”. Alguns chamam de Povoado do Moinho.
Viajante: Todos os habitantes moram aqui?
Ancião: Não. Moram em outros lugares.
Viajante: Não há eletricidade aqui?
Ancião: Não precisamos. As pessoas acostumam-se ao conforto. Acham que o conforto é melhor. Rejeitam o que é realmente bom.
Viajante: Mas, e as luzes?
Ancião: Temos velas e óleo de linhaça.
Viajante: Mas a noite é tão escura.
Ancião: É. Assim é a noite. Por que a noite deveria ser clara como o dia? Eu não ia querer noites claras, que não deixassem ver estrelas.
Viajante: O senhor tem arrozais. Mas não tem tratores para cultivá-los?
Ancião: Não precisamos. Temos vacas, temos cavalos.
Viajante: O que usa como combustível?
Ancião: Lenha, na maioria das vezes. Não achamos direito cortar árvores, e muitos galhos caem sozinhos. Cortamos e usamos como lenha. E para carvão de madeira, poucas árvores aquecem tanto quanto uma floresta. Também estrume de vaca dá bom combustível. Gostamos de viver respeitando a natureza. As pessoas, hoje, esqueceram que são apenas parte da natureza. Mas destroem a natureza da qual dependem nossas vidas. Elas sempre acham que podem fazer melhor. Especialmente os cientistas. Podem ser inteligentes, mas não compreendem o verdadeiro significado da natureza. Só inventam coisas que tornam as pessoas infelizes. Mas têm tanto orgulho das invenções deles. Pior é que muita gente também se orgulha. Encaram-nas como milagres. Idolatram-nas. Não percebem, mas estão perdendo a natureza. E, como conseqüência, vão morrer. As coisas mais importantes para o ser humano são ar puro e água limpa, as árvores e grama que os produzem. Tudo está sendo poluído, e perdido para sempre. Ar sujo, água suja, sujando os corações dos homens.
Viajante: Vindo para cá, vi algumas crianças colocando flores em uma pedra ao lado da ponte. Por quê?
Ancião: Ah, isso. Meu pai me contou uma vez. Há muito tempo, acharam um viajante morto, perto da ponte. Os aldeões ficaram com pena e o enterraram lá. Colocaram uma pedra na tumba dele e puseram flores. Tornou-se um costume colocar flores lá. Não só as crianças. Todos os aldeões colocam flores quando passam, embora a maioria não saiba por quê.
Viajante: Há um festival hoje? (ouvindo uma festividade aproximando-se).
Ancião: Não, é um funeral. Acha estranho? Um funeral é sempre agradável. Viver bem, trabalhar bem e morrer com agradecimentos é louvável. Não temos templos nem sacerdotes aqui. Assim, os próprios aldeões levam os mortos até o cemitério da colina. Mas não gostamos quando jovens e crianças morrem. É difícil comemorar tal perda. Mas, felizmente, as pessoas deste povoado levam uma vida natural. Então, morrem de acordo com a idade. A anciã que vai ser enterrada viveu gloriosamente os 99 anos. Agora, vou unir-me ao cortejo. Com licença. Na verdade, ela foi o meu primeiro amor. Mas ela partiu meu coração e me trocou por outro.
- Ha! 
Ha! Ha! Ha! Ha!
Viajante: A propósito, quantos anos tem?
Ancião: Eu? Cem... mais três. Boa idade para parar de viver. Uns dizem que a vida é sofrimento. Isso é bobagem. Sinceramente, é bom estar vivo. É emocionante.
  
(O ancião dirige-se à estrada, seguido pelo viajante, para juntar-se ao cortejo festivo. Cumprimenta cordialmente o viajante e une-se aos outros aldeões em festa. O viajante assiste admirado o cortejo passar e, antes de retirar-se da aldeia, deposita flores na pedra do túmulo do viajante morto. A paisagem é indescritivelmente bela... E os moinhos, girando no ritmo da correnteza do rio, expressam o ritmo da vida).